De acordo com o DSM-IV-TR (Diagnostic and Statistic Manual
of Mental Disorders, Fourth Edition) e o CID 10 (Classificação Internacional
das Doenças, 10th edição), o termo (pervasive developmental disorder) compreende um amplo espectro de transtornos do desenvolvimento caracterizados pela presença de distúrbios do comportamento do início da vida com diferentes
graus de gravidade e de déficits associados, que têm em comum diminuição ou
perda das habilidades sociais, da comunicação, da imaginação e do comportamento
e a presença de interesses repetitivos e restritos
Portanto há, segundo o DSM-IV e o CID-10, o comprometimento
de três domínios: social, comunicação e comportamento.
Há uma certa confusão, na
literatura, em relação à terminologia – autismo e TID.
O termo autismo diz respeito ao autismo clássico, um dos
transtornos mais graves do espectro dos TID.
Deve-se enfatizar que o termo TID se aplica a todo o espectro do autismo e não significa autismo leve ou descarta autismo.
No autismo clássico, o paciente
apresenta pelo menos seis dos doze itens envolvendo os três domínios de comportamento que caracterizam o espectro autista, detectados antes dos 3 anos de idade.
É importante
salientar que o desempenho intelectual comprometido não exclui o diagnóstico,
uma vez que aproximadamente 70% dos pacientes pode apresentar deficiência
mental.
Nos transtorno desintegrativos,
nomeado por alguns como regressão autística, os pacientes são previamente
normais, com desenvolvimento neuropsicomotor e linguagem normais, que não
apresentam doença degenerativa, e que a partir dos 2 aos 10 anos iniciam um
processo de regressão que afeta tanto a linguagem, quanto a cognição e
sociabilidade e se tornam autistas.
Na síndrome de Asperger, o paciente
apresenta várias características autísticas que não preenchem os critérios para
autismo clássico, linguagem normal e desempenho intelectual dentro dos níveis
médios ou superiores.
Os pacientes que não preenchem
critérios para autismo clássico ou síndrome de Asperger, apresentam TID não
classificável.
Autismo latu senso pode, ainda, estar associado a doenças
geneticamente determinadas, como esclerose tuberosa, síndrome de Rett, síndrome
de X-frágil, Angelman, entre outras.
Aproximadamente 10 a 20% das
crianças com TID apresentam epilepsia clínica ou subclínica (crises eletrográficas,na ausência de crises clínicas detectáveis).
A importância da epilepsia e das descargas epileptiformes no TID ainda não foi
elucidada. Alguns autores postulam que possa haver uma relação entre as
anormalidades eletrencefalográficas/crises epilépticas, e o autismo, no grupo
que sofre regressão progressiva e global do desenvolvimento, em
analogia ao que é observado na síndrome de Landau-Kleffner (SLK).
Este subgrupo que apresenta
prevalência elevada de anormalidades eletrencefalográficas, com ou sem crises
epilépticas clínicas, é denominado por alguns como crianças com regressão
epileptiforme autística.
Autores
Kette Dualibi R. Valente*, Rosa Maria F. Valério**
http://gfugeradordefrequencia.blogspot.com.br/2011/03/x_5013.html
Kette Dualibi R. Valente*, Rosa Maria F. Valério**
http://gfugeradordefrequencia.blogspot.com.br/2011/03/x_5013.html
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