sábado, 25 de março de 2017

TID - Transtorno Invasivo do Desenvolvimento




De acordo com o DSM-IV-TR (Diagnostic and Statistic Manual of Mental Disorders, Fourth Edition) e o CID 10 (Classificação Internacional das Doenças, 10th edição), o termo  (pervasive developmental disorder) compreende um amplo espectro de transtornos do desenvolvimento caracterizados pela presença de distúrbios do comportamento do início da vida com diferentes graus de gravidade e de déficits associados, que têm em comum diminuição ou perda das habilidades sociais, da comunicação, da imaginação e do comportamento e a presença de interesses repetitivos e restritos
Portanto há, segundo o DSM-IV e o CID-10, o comprometimento de três domínios: social, comunicação e comportamento.
Há uma certa confusão, na literatura, em relação à terminologia – autismo e TID. 
O termo autismo diz respeito ao autismo clássico, um dos transtornos mais graves do espectro dos TID. 
Deve-se enfatizar que o termo TID se aplica a todo o espectro do autismo e não significa autismo leve ou descarta autismo.
No autismo clássico, o paciente apresenta pelo menos seis dos doze itens envolvendo os três domínios de comportamento que caracterizam o espectro autista, detectados antes dos 3 anos de idade.
 É importante salientar que o desempenho intelectual comprometido não exclui o diagnóstico, uma vez que aproximadamente 70% dos pacientes pode apresentar deficiência mental.
Nos transtorno desintegrativos, nomeado por alguns como regressão autística, os pacientes são previamente normais, com desenvolvimento neuropsicomotor e linguagem normais, que não apresentam doença degenerativa, e que a partir dos 2 aos 10 anos iniciam um processo de regressão que afeta tanto a linguagem, quanto a cognição e sociabilidade e se tornam autistas.

Na síndrome de Asperger, o paciente apresenta várias características autísticas que não preenchem os critérios para autismo clássico, linguagem normal e desempenho intelectual dentro dos níveis médios ou superiores.
Os pacientes que não preenchem critérios para autismo clássico ou síndrome de Asperger, apresentam TID não classificável.
Autismo latu senso pode, ainda, estar associado a doenças geneticamente determinadas, como esclerose tuberosa, síndrome de Rett, síndrome de X-frágil, Angelman, entre outras.
Aproximadamente 10 a 20% das crianças com TID apresentam epilepsia clínica ou subclínica (crises eletrográficas,na ausência de crises clínicas detectáveis).
A importância da epilepsia e das descargas epileptiformes no TID ainda não foi elucidada. Alguns autores postulam que possa haver uma relação entre as anormalidades eletrencefalográficas/crises epilépticas, e o autismo, no grupo que sofre regressão progressiva e global do desenvolvimento, em analogia ao que é observado na síndrome de Landau-Kleffner (SLK).
Este subgrupo que apresenta prevalência elevada de anormalidades eletrencefalográficas, com ou sem crises epilépticas clínicas, é denominado por alguns como crianças com regressão epileptiforme autística.
Autores
Kette Dualibi R. Valente*, Rosa Maria F. Valério**

http://gfugeradordefrequencia.blogspot.com.br/2011/03/x_5013.html

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